terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Os presentes Star Wars para o Natal dos que gostam de livros

Este Natal é único para os amantes de Star Wars, pois já estão disponíveis no mercado duas bandas desenhadas e um livro para o público mais novo (mas não só…). No entanto, o ouro, incenso e mirra, tudo junto, é «Making of Star Wars – O Império Contra-ataca», uma obra imprescindível para os amantes da saga, mas também do cinema. Uma bênção do “quarto Rei Mago” Planeta...

 

«Star Wars», de Jason Aaron, Simone Bianchi e Start Immonen
Após o primeiro volume, que reunia as seis primeiras histórias, a BD «Star Wars» está felizmente de regresso, confirmando toda a magia revelada no primeiro arco da história. Tudo começa com uma passagem emblemática do diário de Obi-Wan Kenobi, encontrado por Luke Skywalker, incapaz de compreender o caminho a tomar para se tornar um Jedi. 
Em outro arco narrativo, Han Solo e Leia vivem uma história invulgar com a “ex-mulher” do comandante da Millennium Falcom, Sana Solo. 
Na parte final, todos se encontram para um momento marcante e decisivo no destino de cada um, um momento onde não falta inclusive a aparição de… Darth Vader (e um novo inimigo)!
Mais do que nos primeiros seis volumes desta já imperdível saga, estamos perante uma história que ganha tons épicos na narrativa da série criada por George Lucas no cinema, principalmente devido a Kenobi, que revela o quanto perdeu e tudo o que deixou para trás para salvar a dinastia Jedi.
Evidentemente que a história de Luke, a sua incessante busca pelos segredos da Força, é o principal motivo de interesse de «Star Wars», um interesse plenamente justificável, fruto do vazio existente nos filmes, mas a verdade é que o “capítulo oferecido” a Kenobi é mais do que justificável, uma pequena história que acaba por marcar este segundo volume (a ilustração final é digno de um quadro…).
Em relação ao arco principal, a inocência de Luke, que ignora os perigos do qual é alvo, acaba por o colocar em risco de vida em Nar Shaddaa, conhecida como a Lua dos Contrabandistas. Capturado por Grakkus, o Hutt, um colecionador de relíquias dos Jedi, o ainda jovem fazendeiro vive uma das aventuras de sempre da sua vida.
Deste modo, e de forma criativa e apaixonante, Aaron consegue em pleno criar novas narrativas na saga Star Wars, ao mesmo tempo que procura fazer as imprescindíveis ligações para os filmes. Dificilmente os amantes da série não reviverão todo o imaginário dos filmes, com o argumentista a mostrar toda a sua capacidade narrativa e pleno conhecimento da saga. É por isso meritório o seu trabalho em não fugir em demasia a esse mundo que marcou e continua a marcar milhões de pessoas, uma decisão que é compartilhada por John Cassaday na ilustração, que substitui Stuart Immonen. As lutas na arena de Hutt (que conduz o leitor aos duelos que ocorriam nos Coliseus do Império Romano) são apenas alguns dos grandes momentos que encontramos em «Star Wars». E a verdade é que são muitos…

«Darth Vader», de Kieron Gillen e Salvador Larroca 
Se em «Star Wars» temos uma espécie de BD de aventura, em «Darth Vader» temos uma espécie de BD de intriga, relegando para segundo plano os combates e os confrontos entre os protagonistas (embora os haja, e muitos…). O que é interessante verificar nesta BD é que estamos a viver o mesmo arco narrativo de «Star Wars», mas do ponto de vista do vilão mais famoso do cinema (enquanto na história de Jason Aaron temos a visão dos rebeldes). Este jogo de “narradores” aumenta ainda mais a expetativa de ambas as BDs, pois muito provavelmente as histórias, a dado momento, se cruzarão. 
Não é assim por acaso que “Sombras e Segredos” começa precisamente em Tatooine, momentos depois do duelo ocorrido entre Luke e Boba Fett no final do primeiro volume de “Star Wars”. 
Mais uma vez, Vader luta para se manter como uma peça primordial no Império após o fiasco da destruição da Estrela da Morte. No entanto, e ao mesmo tempo, tem uma agenda muito própria que vai de encontro apenas e só aos seus objetivos. 
Neste segundo volume temos assim o Reino da Intriga, com os seus personagens em busca incessante de tirar proveitos para si próprios. Em relação a Vader, este tem como foco central a captura de Luke, sempre apoiado por Aphra, uma espécie de braço direito do vilão, um personagem que ganha cada vez mais relevo na trama, assumindo por vezes inclusive o papel principal.
Devemos referir todavia que a vida não está fácil para Vader no seio do Império, já que o Grand General Tagge incubiu o Inspetor Tanoth de “fiscalizar” as suas ações, o que acaba por trazer ainda mais problemas para o vilão, que é obrigado a mover as peças com extremo cuidado para não ser desmascarado, o que por muito pouco não acontece. 
«Darth Vader» é portanto outra BD obrigatória neste cativante regresso da saga à Nona Arte. Para os amantes da maquinação, absolutamente obrigatório!

«Making of Star Wars – O Império Contra-ataca», de J.W. Rinzler
Depois de «A Arte de Star Wars: O Despertar da Força», de Phil Szostak, em 2015, a Planeta oferece mais uma prenda imprescindível na época natalícia: «Making of Star Wars – O Império Contra-ataca», de J.W. Rinzler, com prefácio de Ridley Scott. 
Sem sombra de dúvida, estamos diante de um tesouro para os amantes da saga, fruto do meticuloso trabalho de J.W. Rinzler, que apresenta um livro singular devido a quantidade de informações no seu interior, histórias que marcaram por completo a rodagem de «O Império Contra-ataca», considerado por muitos o melhor filme da série de George Lucas.
«Making of Star Wars – O Império Contra-ataca» comprova por exemplo a importância vital do papel de George Lucas na produção, a sua vital e decisiva obsessão criativa pelo filme/saga, que realmente ganhou vida devido a sua muitas vezes incompreensível tenacidade. Uma obsessão que durou quatro anos... (é realmente impossível ficarmos indiferentes a visão global que demonstrava, principalmente por englobar os mais variados departamentos).
Esta nova proposta da Planeta demonstra também a importância que tiveram várias pessoas ao longo deste incrível processo, já que, com o seu olhar único, conseguiram concretizar os inúmeros sonhos e anseios de Lucas, num esforço colaborativo marcante na história do próprio cinema: John Williams, Richard Edlund, John Dykstra, Ben Burtt e Ralph McQuarrie são apenas alguns desses nomes.
É ainda possível e gratificante verificar as diversas mudanças que o script tomou, conhecermos as soluções encontradas para a resolução dos problemas que pareciam insuperáveis, descobrirmos as principais (e as corriqueiras) dificuldades da produção, termos a perceção das incontáveis lutas com os estúdios, sabermos as histórias de bastidores do elenco e da equipa (não nos referimos a “fofocas”…), etc.
A verdade é que, após lermos este livro, dificilmente não olharemos o filme e a saga em si com outros olhos, tal os detalhes revelados por J.W. Rinzler, que faz questão de ilustrar o seu trabalho com fotografias realmente únicas, que enriquecem ainda mais este particular livro, também dirigido aos amantes do cinema (estamos perante um compêndio do que é “fazer” um filme, mesmo nos dias de hoje). 
A pergunta exige-se: depois de 2015 e 2016, qual será a prenda de Natal da Planeta em 2017?

«Star Wars – Onde está o Wookiee?»
Como é hábito, a Planeta também olha para os mais novos neste Natal. «Star Wars – Onde está o Wookiee?» é uma espécie de «Onde está Wally?». Apesar de termos de assumir o papel do Império, que procura incessantemente Chewie, «Vivo ou Orto», a verdade é que a diversão está mais do que garantida, ainda mais quando exploramos vários cenários marcantes dos filmes, como o Mercado de Jawa, o Palácio de Jabba, a Aldeia Ewok, a Estrela da Morte, a Cidade das Nuvens, o Templo Jedi ou o Hangar Imperial. Além de Chewie, temos outros desafios em cada página plana, como encontrar outros personagens ícones de Star Wars, como são os casos dos inseparáveis Chewbacca e Han Solo, a mítica Falcão Milenário ou o temível Boba Fett. Portanto, em «Star Wars – Onde está o Wookiee?», a diversão é mais do que garantida, num livro que consegue unir o entretenimento com a imaginação do leitor. Uma oportunidade única para reunir toda a família ao redor da mesa após o almoço de Natal, mas também no decorrer do ano com os amigos.

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